30.4.14

Definição de Sacerdotes e Escribas

Definição de Sacerdotes e Escribas
Mateus 2:3-4

3 O rei Herodes, ouvindo isso, perturbou-se, e com ele toda a Jerusalém;
4 e, reunindo todos os principais ¹sacerdotes e os ²escribas do povo, perguntava-lhes onde havia de nascer o Cristo.

*Referências sobre ¹sacerdotes:

SACERDOTE
1. hiereus (Içpeúç), “aquele que oferece sacrifício e tem o encargo das coisas pertencentes a esse respeito”, é usado acerca de; (a ) o "sacerdote” do deus pagão Zeus (Al 14.13); (b) os “sacerdotes" judeus (por exemplo. Mt 8.4; 12.4,5; Lc 1.5 [onde é feita a alusão aos 24 turnos dos “sacerdotes" designados ao serviço no Templo; cf. 1 Cr 24.4ssJ: Jo 1.19; Hb 8.4); (c) os crentes (Ap 1.6; 5.10; 20.6). Israel foi primariamente designado como nação para ser um reino de “sacerdotes”, oferecendo serviço a Deus (por exemplo. Êx 19.6); quando os israelitas renunciaram suas obrigações (Êx 20.19), o sacerdócio arônico foi escolhido para esse propósito, até que Jesus veio para cumprir Seu ministério oferecendo-se a Si mesmo; desde então, o sacerdócio judaico foi ab-rogado, para ser retomado nacionalmente, em favor dos gentios, no Reino milenar (Is 61.6; 66.21). Enquanto isso. todos os crentes e judeus são constituídos "reis e sacerdotes” (Ap 1.6,veja acima), um “sacerdócio santo” (1 Pe 2.5). e "real” (1 Pe 2.9). O Novo Testamento não reconhece de modo algum uma classe sacerdotal em contraste com o laicato; todos os crentes são ordenados a oferecer os sacrifícios mencionados em Rm 12.1; Fp 2.17; 4.18; Hb 13.15.16; I Pe 2.5;  (d) Jesus (Hb 5.6; 7.11.15.17.21; 8.4. negativamente); (é*) Melquisedeque. como prenunciador dc Cristo (.Hb 7.1.3).

2. archiereus (àpxiepeúç) designa; (o) “os sumos sacerdotes” da ordem dos levitas. freqüentemente chamados no Novo Testamento dc “principais sacerdotes”, incluindo os “ex-sumos sacerdotes” e os membros das famílias dos “sumos sacerdotes” (por exemplo. Mt 2.4; 16.21; 20.18; 21.15); no singular, “sumo sacerdote ” (por exemplo, Abiatar, Mc 2.26; Anás e Caifás, Lc 3.2, onde a tradução mais correta seria “no sumo sacerdócio de Anás e Caifás”: cf. At 4.6). Quanto à combinação dos dois a esse respeito. Anás foi o “sumo sacerdote” de 7 a 14 d.C.. e, na época referida, tinha sido deposto durante alguns anos: o genro dele. Caifás, o quarto sumo sacerdote” desde sua deposição, foi nomeado em cerca de 24 d.C. O fato de que Anás ainda era chamado “sumo sacerdote” é explicado pelos seguintes fatores: (1) pela lei mosaica o sumo sacerdócio era mantido por toda a vida (Nm 35.25); sua deposição deveu-se a ato caprichoso do procurador romano, mas. legal e religiosamente. ele ainda era considerado “sumo sacerdote” pelos judeus: (2) ele provavelmente ainda mantinha o cargo de presidente-suplente do Sinédrio (cf. 2 Rs 25.18); (3) ele era homem cuja idade, riqueza e ligações familiares lhe deram influência preponderante, pela qual ele mantinha o verdadeiro poder sacerdotal; na verdade, nessa época o sumo sacerdócio estava nas mãos de um grupo exclusivo de uma meia dúzia de famílias; a linguagem dos escritores dos Evangelhos está em concordância com isso, ao atribuir o sumo sacerdócio antes a uma casta que a uma pessoa: (4) os “sumos sacerdotes” eram naquele período meros bonecos das autoridades romanas, que os depunham à revelia, com o resultado de que o título era usado mais livremente do que nos dias de outrora. A instituição divina do sacerdócio culminou no “sumo sacerdócio", sendo seu dever representar todo o povo (por exemplo, Lv 4.15,16; 16.1-16). As características dos “sumos sacerdotes” arônicos estão enumeradas em Hb 5.1-4; 8.3: 9.7.25; em alguns manuscritos, também verificamos em Hb 10.11; 13.11. O termo também designa; (b) Jesus que é apresentado neste aspecto na Epístola aos Hebreus. onde Ele é mencionado como “sumo sacerdote” (Hb 4.15; 5.5.10; 6.20: 7.26: 8.1.3: 9.11); “grande sumo sacerdote” (Hb 4.14): “grande sacerdote” (Hb 10.21); “misericordioso e fiel sumo sacerdote” (Hb 2.17); “apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão” (Hb 3 .1 ); “ sumo sacerdote , segundo a ordem de Melquisedeque" (Hb 5.10). Um dos grandes objetivos desta Epístola é apresentar a superioridade do sumo sacerdócio de Jesus como sendo de ordem diferente e superior que a arônica, na qual Ele é o Filho de Deus (veja especialmente Hb 7.28), com um sacerdócio da ordem de Melquisedeque. Sete importantes características do Seu sacerdócio são acentuadas: (1) o caráter do sacerdócio (Hb 5.6,10): (2) a comissão do sacerdote (Hb 5.4.5); (3) a preparação do sacerdote (Hb 2.17: 10.5); (4) o sacrifício do sacerdote (Hb 8.3: 9.12.14,27.28: 10.4-12); (5) o santuário do sacerdote (Hb 4.14: 8.2: 9.11,12,24: 10.12,19); (6) o ministério do sacerdote (Hb 2.18:4.15; 7.25: 8.6:9.15.24); (7) os efeitos do sacerdócio (Hb 2.15: 4.16: 6.19,20; 7.16,25; 9.14,28; 10.14-17.22,39; 12.1; 13.13-17). Nota: Em At 4.6. o adjetivo  hieratikos. "sumo sacerdotal”, é traduzido por "do sumo sacerdote”. 
Fonte: Dicionário Vine O Significado Exegético e Expositivo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento. 

SACERDOTE
No AT, descendente de ARÃO separado para servir como oficiante no culto realizado primeiro no TABERNÁCULO e depois no TEMPLO. O sacerdote era MEDIADOR entre Deus e o povo, oferecendo SACRIFÍCIOS e orando em seu favor (Êx 28—29; Lv 21; 1Cr 24). Antes de Arão já havia sacerdotes (Hb 7.1-3). No NT, todos os cristãos são sacerdotes (Ap 1.6; 5.10; v.SACERDÓCIO). 
Fonte: Dicionário da Bíblia de Almeida 2ª edição. 

*Referências sobre ²escribas, também chamados de (Doutores ou Mestres da Lei):

ESCRIBAS
(heb.,  sofcnm; gr., grammateus, nomikol (doutores da lei), e nomodidaskaloi (mestres da lei). Os escribas eram técnicos no estudo da lei de Moisés (Torah). A princípio essa ocupação pertencia aos sacerdotes. Esdras era ao mesmo tempo sacerdote e escriba (Ne 8.9). Os dois ofícios não eram necessariamente separados. A principal atividade do escriba era estudar sem qualquer distração (Eclesiástico 38.24). O surgimento dos escribas pode ser datado depois do exílio babilônico. 1Cr 2.55 parece sugerir que os escribas se reuniam em famílias e associações. Provavelmente não formavam um partido político distinto no tempo de Ben Siraque {início do séc. II a.C.}, mas se tornaram em tal devido às medidas repressivas de Antíoco Epifânio. Podiam ser encontrados escribas em Roma, no período imperial posterior, bem como na Babilônia nos sécs. V e VI d C. Somente depois do ano 70 d.C. é que aparecem fatos detalhados a respeito de escribas individuais. Exerciam influência principalmente na Judéia, até 70 d.C, mas também podiam ser encontrados na Galiléia (Lc 5,17) e entre a dispersão judaica. Os escribas foram originadores do culto na sinagoga. Alguns deles figuravam como membros do Sinédrio (Mt 16.21; 26.3). Depois do ano 70 d.C. a importância dos escribas tornou-se maior ainda. Preservavam em forma escrita a lei oral e transmitiram fielmente as Escrituras hebraicas. Esperavam de seus alunos uma reverência maior que a que prestavam a seus pais (/Wof iv.12).

A função dos escribas era tríplice:

1. Preservavam a lei. Eram os estudiosos profissionais da lei, bem como os seus guardiões, especialmente durante o período helenístico, quando o sacerdócio se corrompera. Transmitiam decisões legais orais que haviam sido criadas em seus esforços de aplicar a lei mosaica à lei diária. Afirmavam que essa lei oral era mais importante do que a lei escrita (Mc 7.5s.). Por meio de seus esforços a religião estava sujeita a ser reduzida a formalismo que não atingia o coração. 

2. Reuniam em torno de si muitos alunos a fim de instruí-los na lei. Dos alunos era esperado que retivessem o material ensinado e que o transmitissem sem qualquer variação. Faziam conferências no templo (Lc 2.46; Jo 18.20). O ensino ministrado pelos escribas devia ser gratuito (cf.os rabinos Zadoque, Hilel, e outros), mas provavelmente eram pagos (Mt 10.10; 1Co 9.3-18,quanto à declaração de Paulo sobre o seu direito), e chegavam mesmo a tirar vantagem de sua honrosa posição (tvlc 12.40; Lc 20.47). 

3. Eram chamados; de "doutores da lei" e de "mestres da lei", visto estarem incumbidos da administração da lei na qualidade de juízes do Sinédrio (cf. Mt 22,35; Mc 14,43,53; Lc 22.66; At 4.5; Josefo,  Antiguidades xviii. 1.4). "Doutor da lei" e "escriba" são expressões sinônimas, pelo que jamais aparecem conjuntamente no NT. Não eram pagos pelo serviço que prestavam no Sinédrio.Por conseguinte, eram obrigados a ganhar a vida por outros meios, se não contassem com riquezas pessoais. Os livros apócrifos e pseudepígrafos do AT são fontes informativas sobre o início do partido dos escribas. Os livros de Esdras, Neemias, Daniel, Crônicas e Ester, também indicam algo sobre os primórdios do movimento, enquanto que Josefo e o NT falam sobre esse grupo num estágio mais avançado de seu desenvolvimento. Não há menção sobre os escribas no quarto Evangelho. Pertenciam principalmente ao partido dos fariseus, mas, como um corpo, eram distintos deles. Sobre a questão da ressurreição puseram-se ao lado de Paulo e contra os saduceus (At 23.9). Entraram em conflito com Cristo, pois ele ensinava com autoridade (Mt 7.28,29), e condenava o formalismo exterior que fomentavam. Perseguiram a Pedro e João (At 4.5), e participaram do martírio de Estevão (At 6.12). Entretanto, embora a maioria tivesse feito oposição a Cristo (Mt 21.15), alguns deles vieram a crer (Mt 8.19). C.L.F.
Fonte: O Novo dicionário da Bíblia - J. D. Douglas. 

ESCRIBA
1) Homem que copiava e interpretava a lei de Moisés (Ed 7.6). Os escribas criaram aos poucos um sistema complicado de ensinamentos conhecido como “a tradição dos ANCIÃO” (Mt 15.2-9). Jesus os censurou (Mt 23). Os escribas tiveram parte na morte de Cristo (Mt 26.57) e perseguiram a Igreja primitiva (At 4.5; 6.12). Eles eram chamados também de “doutores da lei” (Lc 5.17, RC; RA, mestres). 

2) Oficial do exército (Jz 5.14, RC).
 Fonte: Dicionário da Bíblia de Almeida 2ª edição. 

DOUTOR DA LEI
nomikos(vopiicóç), adjetivo, "perito na lei'* (veja Tt 3.9. no verbete LEI. C. n° 1), é usado como substantivo. “doutor da lei. advogado” (Mt 22.35: Lc 7.30: 10.25: 11.45,46.52: 14.3); em alguns manuscritos. ocorre em Lc 11.53: Zenas é nomeado assim em Tt 3.13. Como não há evidência de que ele fosse qualificado em jurisprudência romana, o termo pode ser considerado no sentido habitual do Novo Testamento quando aplicado a alguém qualificado na lei mosaica.! O nome freqüente para aludir a escriba é grammateus. homem de letras: para o doutor da lei. nomodidaskalos  (veja PROFESSOR). “Uma comparação de Lc 5.17 com Lc 5.21 e Mc 2.6 com Mt 9.3 mostra que os três termos eram usados como sinônimos, e não denotavam três classes distintas. Os escribas eram só. originalmente, homens de letras, estudantes da Escritura, e o primeiro nome dado a eles não contém em si alguma referência à lei: no decurso do tempo, porém, eles se dedicaram primariamente. embora de modo algum exclusivamente. ao estudo da lei. Eles se tomaram juristas em vez de teólogos, e receberam nomes que por si só chamavam a atenção para o fato. Uns. sem dúvida, se dedicavam mais a um ramo de atividade que outro: mas um ‘advogado* também podia ser ‘doutor’, e o caso de Gamaliel mostra que um 'doutor* também podia ser membro do Sinédrio (At 5.34)” (Eaton, em Dictionary ofthe Bible. de Hastings). 
Fonte: Dicionário Vine O Significado Exegético e Expositivo das Palavras do Antigo e do Novo Testamento.



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